segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Um texto mto loko, tipo loko dos loko

tudo começou ontem. Era um dia maneiro até começar a chover canivetes, todo mundo ficou muito surpreso porque não era a época de acontecer isso, então se perdeu toda a plantação de cheetos e doritos, todos ficaram muito tristes e sem casa, oque seria agora de mim um pobre mulato, mas a vida continua, acabei me casando com um frango, o nome dele era jarbas, a gente tinha um ninho do amor na casa da arvore predileta do meu brother gorgonzola, daí meus rins ficaram putos comigo porque eu tava meio estressado, daí eu tive que ir no mundo do açúcar comprar mais leite e acabei ficando amigo de um ventilador mas logo eu tive que voltar pra mundo real daí minha minha mulher me traindo com o cara que limpava os acidentes industriais, (cujo eu fui vitima, pois quando tinha 5 anos caí em um pote de mel radioativo e uma terceira teta nasceu), mas tudo bem a vida continua, ontem meu melhor amigo, o senhor peido, me deixou, porque eu to ficando muito frau, daí minha terceira teta me humilhou porque eu sou muito burro e sem querer cortei o braço do meu irmão e espalhou bacon por toda a casa, daí meus rins voltaram, fiquei muito feliz, mas daí um dia eu tava na rede e o ventilador da minha mãe criou vida e roubou meus rins e vendeu pra um mafioso, agora eu sou o melhor amigo do robocop e a gente divide um apê na cidade baixa, e de vez em quando a gente leva umas garotas pra lá,pra comer um churros e lavar repolhos.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Recolhe

Recolhe

Terça feira, não era como se aquele fosse ser um dia especial para aquele solitário homem de quarenta e poucos anos, era apenas seguir a rotina mais uma vez, tomar o azedo café de dois dias atrás e ir para a porcaria de trabalho que lhe dava o sustento. Mas ele estava enganado, aquele era um dia especial, mas não necessariamente bom. Para começar, seu velho carro “del rei” engasga na hora de pegar e depois morre, provavelmente era o motor que já andava dando problemas e custaria uma fortuna pra arrumar. Já quase atrasado, pensaria depois sobre o carro, pegou sua maleta e saiu correndo para pegar um ônibus, na parada, um garotinho que estava correndo esbarra nele e ele quase cai, mas felizmente conseguiu equilibrar-se a tempo de ver o moleque saindo correndo com seu celular na mão. Xingando sem parar, mas ciente que seu condicionamento físico não o permitia correr atrás do garoto, pega o ônibus e segue seu rumo para o trabalho. No caminho, descobre que pegou o bus errado, e acaba num grande congestionamento. Com raiva, sai às pressas e acaba tropeçando no degrau, caindo de cara no chão. Já era uma questão pessoal, ele venceria aquela má sorte, levantou-se e saiu correndo, mas cansa poucos segundos depois e senta na calçada para refletir. O homem pensa em como a vida é injusta com ele e percebe que sentou em uma grande bosta de cachorro, como era otimista, pensou que aquele era um sinal para que ele se levantasse e continuou seu caminho até o trabalho. Quando estava atravessando a última rua antes do estabelecimento onde trabalhava, uma combe escolar esbarra nele (não foi exatamente um atropelamento), sem machucá-lo, mas rasgando todo seu terno. Ignorando os palavrões dos adolescentes que o zuavam na combe, entrou orgulhoso seu trabalho, respirou fundo e disse “Eu consegui!”, mas deu de cara com seu chefe, que ao vê-lo naquele estado, demitiu-o na hora.
Agora, solitário, sem emprego, sem carro e em breve sem casa, pois a pensão estava atrasada e ele não teria mais como pagar, o triste homem sai para caminhar e pensa em tudo de ruim que fez em sua vida. Percebendo o merda que ele sempre foi, ainda que não fosse religioso, clama por uma última chance aos céus, uma última esperança antes do fim. Alguns minutos depois, ele percebe que um ônibus estava bem próximo dele, como que o seguindo, então o homem para, e o ônibus anda até que a porta fique bem ao seu lado. Aos poucos ela se abre, e o som doce da descompressão enche os ouvidos do triste andarilho, o motorista nada faz, só olha para frente, vidrado, não havia cobrador. Que resta a alguém que perdeu tudo além de entrar em busca do desconhecido? Ele entra, a porta se fecha, e pela primeira vez em sua vida, ele foi feliz, partindo para o desconhecido, onde poucos antes dele foram. Nada se sabe sobre o ônibus, apenas que em seu luminoso estava escrito “recolhe”. O homem nunca mais foi visto, mas reza a lenda que ele pode ser visto até hoje, sentado no banco do cobrador dos ônibus em cujo luminoso está escrito “recolhe”, oferecendo uma nova chance àqueles a quem a própria vida abandonou, como ele. E perseguindo aqueles que são felizes, mas se acham tristes e não aproveitam a vida, levando-os para o desconhecido, onde nunca mais terão outra chance de serem felizes.



Espero que tenham apreciado esta pequena lenda urbana, e se um dia estiverem sozinhos e a ponto de desistir da vida, não se esqueçam de acenar para aqueles igualmente solitários ônibus, em cujo luminoso está escrito “recolhe”.